A escola que temos hoje em dia, em sua ampla maioria, não reflete o mundo atual. Teima em permanecer no passado e não prepara o aprendiz para o desafios da sociedade atual. As novas tecnologias poderiam contribuir para uma mudança nesse estado atual, no entanto...
O título desse “post” foi retirado de um texto do
professor José Manuel Moran, um lutador (um sísifo) de uma nova educação. Uma
educação que rompa com o domínio pernicioso da metodologia, da filosofia, do
que ficou conhecida como educação bancária (Paulo Freire). Essa é uma
verdadeira tarefa de Sísifo (professor de História gosta de referências desse
tipo, né não?).
Nesse período de férias, tenho me preparado para (força
Nilmar!) fazer a seleção de mestrado desse ano em educação. Para isso estou
usufruindo de ótimas companhias, como essa do professor Moran (também de: Eva
Maria Lakatos, Maria Cândida, César Coll, Isabel Sollé, entre outras boas
companhias). Acabei de lembrar o que um aluno (a maioria) de ensino médio e
fundamental diria disso: me poupe!(obs: o corretor ortográfico do Word não
queria aceitar essa expressão, mais é assim mesmo) Mais como diria o poeta: Boi
com sede bebe lama.
Esse boi (no sentido metafórico, nada a ver com a
minha forma física atual), fica lendo essas “coisas”, fazendo especialização na
área de mídias e educação, e tem o disparate de ser (tentar) pensante sobre educação.
Mas, como diria o grande Chico: já de saída minha estrada entortou, mais vou
até o fim! A leitura muda a (às) pessoa(s).
A grande questão é a tecnologia na escola, mas, que
tecnologia? Ora, tem escola que se resume a sala, quadro, professor e aluno (um
montão, já que a moda nas particulares são salas com mais de 50 alunos no médio.
Tem condições de alguém aprender desse jeito?). Aliás, outro paladino da
educação, o senador Cristóvão Buarque defende que o quadro tradicional (a
lousa) deveria ser abolido da escola (para mim deveria ser implodido!).
Aquelas escolas que tem algum recurso tecnológico, passam
a usar na perspectiva de “melhorar o ensino tradicional”. Nas palavras de
Moran: as
tecnologias são utilizadas mais para ilustrar o conteúdo do professor do que
para criar novos desafios didáticos. Esse
é o grande problema dessa “modernização”: ela é conservadora. Vem na perspectiva
de fortalecer o tradicional e não para inserir na educação outro paradigma. O
que vai acontecer? Novamente me socorro com Moran: Os alunos reclamam do
tédio de ficar ouvindo um professor falando na frente por horas, da rigidez dos
horários, da distância entre o conteúdo das aulas e a vida. A tecnologia, ou
melhor, as TICs (novas tecnologias da informação e da comunicação) tem um
enorme potencial de modificar a educação, mas não da forma atual que se tem
usado na escola.
O
professor que tem a ideia de modificar suas características metodológicas e
incorporar esses recursos tecnológicos, muitas vezes esbarra em preconceitos
(vai passar filminho professor...), ou então, em penúria de material: uma sala
de vídeo para toda a escola, entre outras mazelas. No entanto, mesmo naquelas
escolas que disponibilizam recursos de forma mais abundante (salas
tecnológicas, laboratórios, etc), se a metodologia de ensino permanecer a
passiva: professor fala, aluno escuta (fica calado menino! Está atrapalhando a
aula.). Só com recursos utilizados da forma ilustrativa, o potencial das TICs
(e de outros recursos não tecnológicos) está minimizado e utilizado da forma
mais banal e prejudicial possível.
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