sexta-feira, 20 de julho de 2012

OS NOVOS ESPAÇOS DE ATUAÇÃO DO PROFESSOR COM AS TECNOLOGIAS




A escola que temos hoje em dia, em sua ampla maioria, não reflete o mundo atual. Teima em permanecer no passado e não prepara o aprendiz para o desafios da sociedade atual. As novas tecnologias poderiam contribuir para uma mudança nesse estado atual, no entanto...   


O título desse “post” foi retirado de um texto do professor José Manuel Moran, um lutador (um sísifo) de uma nova educação. Uma educação que rompa com o domínio pernicioso da metodologia, da filosofia, do que ficou conhecida como educação bancária (Paulo Freire). Essa é uma verdadeira tarefa de Sísifo (professor de História gosta de referências desse tipo, né não?).
Nesse período de férias, tenho me preparado para (força Nilmar!) fazer a seleção de mestrado desse ano em educação. Para isso estou usufruindo de ótimas companhias, como essa do professor Moran (também de: Eva Maria Lakatos, Maria Cândida, César Coll, Isabel Sollé, entre outras boas companhias). Acabei de lembrar o que um aluno (a maioria) de ensino médio e fundamental diria disso: me poupe!(obs: o corretor ortográfico do Word não queria aceitar essa expressão, mais é assim mesmo) Mais como diria o poeta: Boi com sede bebe lama.  
Esse boi (no sentido metafórico, nada a ver com a minha forma física atual), fica lendo essas “coisas”, fazendo especialização na área de mídias e educação, e tem o disparate de ser (tentar) pensante sobre educação. Mas, como diria o grande Chico: já de saída minha estrada entortou, mais vou até o fim! A leitura muda a (às) pessoa(s).
A grande questão é a tecnologia na escola, mas, que tecnologia? Ora, tem escola que se resume a sala, quadro, professor e aluno (um montão, já que a moda nas particulares são salas com mais de 50 alunos no médio. Tem condições de alguém aprender desse jeito?). Aliás, outro paladino da educação, o senador Cristóvão Buarque defende que o quadro tradicional (a lousa) deveria ser abolido da escola (para mim deveria ser implodido!).
Aquelas escolas que tem algum recurso tecnológico, passam a usar na perspectiva de “melhorar o ensino tradicional”. Nas palavras de Moran: as tecnologias são utilizadas mais para ilustrar o conteúdo do professor do que para criar novos desafios didáticos. Esse é o grande problema dessa “modernização”: ela é conservadora. Vem na perspectiva de fortalecer o tradicional e não para inserir na educação outro paradigma. O que vai acontecer? Novamente me socorro com Moran: Os alunos reclamam do tédio de ficar ouvindo um professor falando na frente por horas, da rigidez dos horários, da distância entre o conteúdo das aulas e a vida. A tecnologia, ou melhor, as TICs (novas tecnologias da informação e da comunicação) tem um enorme potencial de modificar a educação, mas não da forma atual que se tem usado na escola.
O professor que tem a ideia de modificar suas características metodológicas e incorporar esses recursos tecnológicos, muitas vezes esbarra em preconceitos (vai passar filminho professor...), ou então, em penúria de material: uma sala de vídeo para toda a escola, entre outras mazelas. No entanto, mesmo naquelas escolas que disponibilizam recursos de forma mais abundante (salas tecnológicas, laboratórios, etc), se a metodologia de ensino permanecer a passiva: professor fala, aluno escuta (fica calado menino! Está atrapalhando a aula.). Só com recursos utilizados da forma ilustrativa, o potencial das TICs (e de outros recursos não tecnológicos) está minimizado e utilizado da forma mais banal e prejudicial possível.





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