segunda-feira, 6 de junho de 2011

PARAÍBA: O QUEBRA- QUILOS (1874-1875).

O QUEBRA- QUILOS (1874-1875)

RESUMO:

Esse termo Quebra-Quilos se refere a um aspecto desse movimento que foi a destruição de pesos e medidas. Quebra-Quilos foi um movimento popular que se inicia em Ingá (Paraíba), espalhando-se para outras regiões, contra a cobrança de impostos, pesos e medidas. Iniciando-se em Ingá, teve forte repercussão em Campina Grande e Areia.

A ação inicial desse movimento se dá em Ingá. Uma discussão, em Outubro de 1874, entre um cobrador de impostos e feirantes é o estopim de ressentimentos, magoas e ódio as inúmeras cobranças de impostos que recaiam sobre esses feirantes e pequenos agricultores. O movimento toma vulto, se expande geograficamente. Em vários lugares a população invade as feiras, quebrando os pesos e medidas, além de invadirem cartórios e câmaras municipais, queimando seus arquivos.

O que teria provocado à ira de uma “população pacífica” como a sertaneja (a História oficial denomina de pacifica)?Como em História as coisas não acontecem de repente, as causas seriam várias. Em primeiro lugar o abuso dos impostos sobre uma população sacrificada e a introdução do sistema métrico de pesos e medidas (que, ao romper com o tradicional sistema de pesos e medidas, foi identificada pelo povo simples como mais uma armação do governo para explorá-los). Em segundo lugar a omissão dos grandes proprietários de terras que fazem vista grossa e não reprimem o movimento (eram os responsáveis pelo “policiamento” no sistema de guarda nacional). Essa atitude desses proprietários seria uma represália ao governo diante do “descaso” aos pleitos desse setor. Somando-se a tudo isso estava uma luta política entre a oposição e os conservadores (que estavam no poder). Para a oposição qualquer movimento que desestabilizasse o mando dos conservadores seria bem vindo, daí a omissão na repressão a esse movimento.

Como em todo movimento popular a repressão governamental foi feroz. O governo da Paraíba, diante da omissão dos grandes proprietários, pede apoio federal e de outros Estados.

REVISÃO:

1- Defina esse movimento.

2- Explique as causas desse movimento.

3- Por que a população se revolta contra o sistema de pesos e medidas?

4- Determine a “geografia” dessa revolta.

PARAÍBA: O RONCO DA ABELHA

TEMA: PARAÍBA: O RONCO DA ABELHA (1851 – 1852).

I- INTRODUÇÃO:

1- A denominação – O ronco da Abelha:

Uma abelha ronca? As nomeações que seguem determinados movimentos históricos são feitas por associações ou no clamor de termos locais. Abelha não ronca, mas faz um barulho danado quando está em ataque, dai a nomeação para esse fato histórico – uma alusão popular a uma barulheira grande.

1- Definição – Conceituação: O que foi esse movimento?

Movimento popular contra as chamadas “Leis do cativeiro”.

2- Época:

De dezembro de 1851 a Fevereiro de 1852.

3- Locais:

Paraíba: Ingá, Campina,Areia, Alagoa Nova;

Outros Estados: PE, Ceará e Sergipe.

II – AS CAUSAS GERAIS DO MOVIMENTO:

1- Leis do Cativeiro:

Decreto 797: Censo da população;

Decreto 798: Registro civil para nascimentos e óbitos (nesse momento os registros para esses tipos de caso eram feitos nas igrejas, portanto um direito da igreja católica dentro da associação Estado – Igreja).

A população associa esse decretos como se fosse uma regulamentação das força de trabalho, da população em geral para o caso de “escravização” dos homens e mulheres livres e pobres. Do sentimento de revolta ante a as péssimas condições de vida de todos, vem o sentimento de que os poderosos pretendiam solucionar a escassez de mão de obra escrava com a escravidão dos pobres. Um passo para uma conflagração.

2- CRISE DA LAVOURA DE EXPORTAÇÃO:

Crise econômica dos setores ligados a exportação de setores primários , tais como, açúcar, algodão, tabaco,, etc. Essa crise já dura séculos e se dá devido a concorrência com outros países onde a lavoura local perde mercados e eficiência. Para acentuar esse problema, após o fim do tráfico negreiro no Brasil, a mão de obra escrava negra se valoriza mais e torna seu uso nas lavouras nordestinas mais difícil. Diante da crise no Nordeste, bem como do dinamismo que o café está assumindo no Brasil, a solução encontrada por essa agricultura nordestina é se capitalizar vendendo essa mão de obra escrava para o Sudeste. No entanto quem vai substituir os escravos? A população pobre e livre se faz essa pergunta e associando aos decretos imperiais descritos acima, obtêm a resposta: nós. Está lançado o conflito, até porque os grandes proprietários passam a reclamar da preguiça e dos pobres que “não queriam trabalhar nas lavouras” da região.

3- A PARTICIPAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA:

Antigamente as igrejas assumiam um papel parecido com os cartórios atuais, principalmente quanto ao nascimento que eram registrados nas igrejas. Essa era uma prerrogativa histórica dessa instituição. Entende-se o papel contrário da Igreja diante desses decretos que questionavam essa prerrogativa histórica, entendendo-se uma contestação a sua autoridade e ao papel “sagrado da Igreja”. Padres da várias partes da região começam a fazer um discurso de oposição incendiando ainda mais o imaginário popular. O discurso de “escravização” dos livres e pobres estava acentuando-se pelo sagrado – os padres confirmavam essa ideia popular. Dai para a conflagração não demora muito.

III – A FORMA: COMO SE DEU OS ACONTECIMENTOS?

1- O “acontecido”:

A população aproveita dos dias movimentados da vida do sertanejo, principalmente os dias de feira, para deflagrar o movimento. Dizendo assim, até parece algo organizado, mais não foi. Foi espontâneo até porque no momento da repressão não “se achou”lideres: esses foram criados pela repressão. Nas feiras o aglomerado facilita a propagação das ideias e dos intuitos.

Invadia-se locais públicos para saquear os livros de registros (apagar o rastro que poderia indicar o provável futuro escravo), ocorreram saques ao comércio local (matar a fome …). Esse movimento se espalha por algumas cidades de região, chega a haver confrontos em alguns engenhos.

2- O fim: A repressão.

O movimento foi controlado pelas autoridade após uma feroz repressão militar e punitiva (movimento de pobres …). Além disso, parte da igreja (principalmente padres capuchinhos) se compôs com essa repressão, mas de forma ideológica, anunciando que os revoltosos estavam pegando: aos pacíficos o “reino de Deus”, aos revoltosos “o inferno” (apelou-se para a fé e devoção do sertanejo). Sendo assim,, e após o governo imperial voltar atrás quanto aos decretos, o movimento perde força e desaparece.

REVISÃO:

1- DEFINA O MOVIMENTO CONHECIDO COMO O “RONCO DA ABELHA”.

2- DETERMINE SUAS CAUSAS.

3- EXPLIQUE COMO ACONTECEU.

4- o QUE LEVA A POPULAÇÃO A ASSOCIAR OS DECRETOS IMPERIAIS COMO “LEIS DO CATIVEIRO”?

segunda-feira, 23 de maio de 2011

IGREJA MEDIEVAL (Ailton Lopes)

 

A Igreja exerceu o monopólio da ideologia, pois controlava o ensino e tinha o domínio sobre as obras escritas (iluminuras). As escolas pertenciam às paróquias ou às abadias e seus professores eram clérigos que difundiam, através do ensino, uma visão de mundo teocêntrica. Assim, o exercício do poder estava vinculado ao domínio do saber pela Igreja.

A Igreja medieval exerceu seu domínio tanto sobre assuntos religiosos como sobre assuntos mundanos, lançando mão de vários instrumentos de coerção para impor sua autoridade.

Aqueles que não obedecessem os ditames da Igreja eram submetidos à excomunhão. Os excomungados estavam mortos para Cristo, não podiam receber os sacramentos ou ter relações com outros cristãos. Era uma verdadeira morte social.

Um senhor feudal faltoso com a Igreja poderia ter seu feudo interditado. Pela interdição a Igreja suspendia os cultos e fechava os templos do feudo, deixando a população sem o pão do espírito, o que poderia causar revoltas camponesas.

O mais violento instrumento de força utilizado pela Igreja medieval foi a Inquisição, criada em 1183, para combater as heresias que proliferavam pela Europa. A pena de morte para bruxas e hereges foi estabelecida pelo Papa Inocêncio III (1198-1216). Esse Pontífice empreendeu a cruzada que exterminou os albigenses no sul da França, em 1209.

A Inquisição revelou-se uma reação da Igreja Católica às heresias que se contrapunham aos dogmas eclesiásticos, foi uma demonstração de força de uma instituição que estava perdendo sua hegemonia

Dentre as heresias mais importantes destaca-se a dos albigenses, também conhecidos como cátaros, seu maior reduto foi a cidade de Albi no sul da França. Negavam o clero católico. Os valdenses foram organizados por Pedro Valdo que pregava uma Igreja pobre e humilde e a igualdade entre os homens.

A Igreja interferia no plano econômico proibindo a usura, no plano político nomeando reis e senhores feudais, no plano militar regulando as guerras entre os senhores feudais pela da Pax Dei ou Paz de Deus ( lugares neutros onde a ação bélica era proibida), geralmente cemitérios, proximidade de templos, caminhos santos e também pela Treuga Dei ou Trégua de Deus (dias do ano nos quais a guerra era proibida) quaresma, dias santos e domingos. A Igreja também interferia na vida cotidiana das pessoas comuns através do monopólio civil: nascimento (batismo), casamento e óbito (extrema unção).

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914 – 1918).

 

Autor:professor Ailton Lopes.

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

(1914 – 1918)

clip_image001

REDISTRIBUIÇÃO INTERNACIONAL DE MERCADOS

FATORES:

1) CRISE DO NEOCOLONIALISMO DO SÉCULO XIX:

· Concorrência Econômica entre Inglaterra e Alemanha

· Disputa Colonial

clip_image003

Concorrência econômica entre Inglaterra e Alemanha

2) POLÍTICA DE ALIANÇAS

TRÍPLICE ENTENTE

 

TRÍPLICE ALIANÇA

Inglaterra

França

Rússia

X

Alemanha

Áustria-Hungria

Itália

clip_image004

3) PAZ ARMADA

4) MOMENTOS DE CRISE:

· Crise do Marrocos (1905 – 1911): Disputa territorial entre França e Alemanha

· Crise Balcânica (1912 – 1913): Sérvia (apoiada pela Rússia) X Áustria (aliada da Alemanha)

clip_image006clip_image007

5) NACIONALISMOS:

· Revanchismo Francês

· Pan-Eslavíssimo

· Pan-Germanismo

· Grande Sérvia

6) A EXPLOSÃO DO CONFLITO

FATOR IMEDIATO:

Ø ASSASSINATO DO ARQUIDUQUE AUSTRÍACO FRANCISCO FERDINANDO (28 DE JUNHO DE 1914)

clip_image009

ETAPAS:

1) 1914-1915: GUERRA DE MOVIMENTOS

· Batalha do Marne (05 a 10/09/1915)

2) 1915 – 1918: GUERRA DE TRINCHEIRAS

3) clip_image0111917:

· Saída da Rússia (Tratado de Brest-Litovsky)

· Entrada dos Estados Unidos (submarinos alemães torpedearam o Navio Lusitânia)

· “Os 14 Pontos” (Uma Paz sem Vencedores) – Presidente Woodrow Wilson - EUA

4) 1918: RENDIÇÃO ALEMÃ

· Proclamação da República de Weimar na Alemanha (09/11/1918)

· Assinatura do Armistício de Compiegne (11/09/1918)

A PAZ DE VERSALHES

Presidida por:

· Woodrow Wilson (EUA)

· Lloyd George (Inglaterra)

· Clemenceau (França)

1) O TRATADO DE VERSALHES

“Humilhação da Alemanha”

· Considerou a Alemanha culpada pela guerra;

· Exigiu a devolução da Alsácia-Lorena à França

· Criação do Corredor Polonês (Porto de Dantzig)

· A Alemanha perde suas colônias na África e Ásia

· Redução do Exército, da Marinha e proibição de existência da Aeronáutica

· Pagamento de Indenização de Guerra (US$30 bilhões)

· Criação da “Liga das Nações” (Fórum Internacional da Paz)

2) DESMEMBRAMENTOS:

· Império Áustro-Hungaro: Tratado de Saint-Germain

(Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Iuguslávia e Áustria)

· Império Turco-Otomano

3) FIM DA HEGEMONIA EUROPÉIA

· Transferência do Eixo Econômico da Europa para os Estados Unidos

clip_image013clip_image015clip_image017

clip_image019clip_image021

O QUEBRA- QUILOS (1874-1875).

 

Esse termo Quebra-Quilos se refere a um aspecto desse movimento que foi a destruição de pesos e medidas. Quebra-Quilos foi um movimento popular que se inicia em Ingá (Paraíba), espalhando-se para outras regiões, contra a cobrança de impostos, pesos e medidas. Iniciando-se em Ingá, teve forte repercussão em Campina Grande e Areia.

A ação inicial desse movimento se dá em Ingá. Uma discussão, em Outubro de 1874, entre um cobrador de impostos e feirantes é o estopim de ressentimentos, magoas e ódio as inúmeras cobranças de impostos que recaiam sobre esses feirantes e pequenos agricultores. O movimento toma vulto, se expande geograficamente. Em vários lugares a população invade as feiras, quebrando os pesos e medidas, além de invadirem cartórios e câmaras municipais, queimando seus arquivos.

O que teria provocado à ira de uma “população pacífica” como a sertaneja (a História oficial denomina de pacifica)?Como em História as coisas não acontecem de repente, as causas seriam várias. Em primeiro lugar o abuso dos impostos sobre uma população sacrificada e a introdução do sistema métrico de pesos e medidas (que, ao romper com o tradicional sistema de pesos e medidas, foi identificada pelo povo simples como mais uma armação do governo para explorá-los). Em segundo lugar a omissão dos grandes proprietários de terras que fazem vista grossa e não reprimem o movimento (eram os responsáveis pelo “policiamento” no sistema de guarda nacional). Essa atitude desses proprietários seria uma represália ao governo diante do “descaso” aos pleitos desse setor. Somando-se a tudo isso estava uma luta política entre a oposição e os conservadores (que estavam no poder). Para a oposição qualquer movimento que desestabilizasse o mando dos conservadores seria bem vindo, daí a omissão na repressão a esse movimento.

Como em todo movimento popular a repressão governamental foi feroz. O governo da Paraíba, diante da omissão dos grandes proprietários, pede apoio federal e de outros Estados.

REVISÃO:

1- Defina esse movimento.

2- Explique as causas desse movimento.

3- Por que a população se revolta contra o sistema de pesos e medidas?

4- Determine a “geografia” dessa revolta.

A Confederação do Equador (1824)

“O movimento que buscava enraizar-se no Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia, possuía essas províncias localizadas à altura da linha do Equador, derivando daí a respectiva denominação” (José Otávio).

A Confederação do Equador teria sido a tentativa de formação de um Estado (separatista?) nas províncias de PE, PB, Rio Grande do Norte e Ceará. Esse Estado teria caráter federalista, nacionalista e Republicano (mas não popular). O inicio dessa rebelião contra o governo de D.Pedro I se dá em Pernambuco, onde o movimento assume o poder por um curto período e adotam a Constituição da Colômbia.

Quais seriam as causas desse movimento? Em primeiro lugar o autoritarismo de D. Pedro expresso no fechamento da Assembleia de 1823 e na Constituição de 1824(que sepultam o desejo de mais autonomia). Os crescentes impostos determinados pelo Rio de Janeiro, que iam e não se traduziam em melhorias para a região. As crescentes dificuldades econômicas da lavoura de exportação como o açúcar que enfrentava a concorrência cubana e a concorrência do açúcar da beterraba europeu e o algodão que enfrentava a concorrência dos EUA. Neste contexto o liberalismo “radical” (nativista, antilusitano e republicano) bem expresso na figura de Frei caneca (Joaquim do Amor Divino Rebelo) seguidor das ideias do abade sièyes. O estopim foi a deposição do presidente de província (Manuel Carvalho Paes de Andrade) e a nomeação de um novo presidente por D.Pedro. Os recifenses se rebelam sob a liderança de Paes de Andrade dando inicio ao movimento.

A repressão foi feroz. Para organizar essa repressão D.Pedro fez um vultoso empréstimo a Inglaterra. Recife foi cercada por mar (lord Cochrane) e por terra (brigadeiro Francisco de Lima e Silva). Vários participantes são presos e alguns executados como Frei Caneca.

Na Paraíba esse movimento assume proporções de insurreição quando a população e as tropas aclamam o governo presidido pelo sargento-mor Félix Ferreira de Albuquerque. Nessa região, mais precisamente em Itabaiana, ás margens do riacho das Pedras se dá um confronto “que envolveu cerca de três mil e quinhentos combatentes”(José Otávio). Também aqui atua a repressão pondo fim a esse movimento.

REVISÃO:

1- Defina Confederação do Equador.

2- Explique as causas desse movimento.

3- Comente sobre esse movimento na Paraíba.

4- Caracterize a participação de Frei Caneca nesse movimento.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Professora Amanda Gurgel cala secretária da Educação e deputados

 

“A Embratel/Telebras não foi somente “privatizada” no governo FHC/PSDB/DEM. Foi estrangeirizada, vendida 100% para empresa dos EUA (MCI), que depois a revendeu para grupo mexicano.

 

http://osamigosdobrasil.com.br/2011/05/16/com-13-anos-de-atraso-imprensa-descobre-que-satelite-deve-ser-estatal/

A revista IstoÉ traz reportagem, em tom de denúncia, dizendo que o Brasil depende da empresa Star-One, de Carlos Slim, para suas comunicações por satélite.

“Descobriram” (atrasados), que satélites sob controle estrangeiro compromete a segurança nacional. A rigor, o bilionário Slim poderia desligar os satélites, deixando às cegas a comunicação entre boa parte do Brasil.

Nós já cansamos de falar isso, criticando a privatização da Telebrás.

Em 1998, quando o governo Fernando Henrique Cardoso, privatizou a Embratel de “porteira fechada”, incluindo todos os satélites, até de uso militar. Caso inédito no mundo de entreguismo militar.

Ainda que quisesse seguir a cartilha neoliberal, o mínimo que qualquer chefe de estado tinha obrigação de fazer, era passar os satélites de uso militar para o Comando da Aeronáutica.

Mas a chamada grande imprensa ficou toda caladinha durante estes 13 anos de crime de lesa-pátria.

Trechos da reportagem da IstoÉ:

Sem um satélite próprio, o País depende de estrangeiros para proteger suas riquezas, fluir informações militares e até controlar o tráfego aéreo.

Desde que o Brasil perdeu o controle sobre seus satélites, com a privatização da Embratel em 1998, nenhum caso semelhante ocorreu.

Ao contrário das principais nações desenvolvidas e emergentes do mundo, o Brasil não tem controle nem ao menos sobre um dos quase mil satélites que estão em órbita no mundo hoje. A Índia, por exemplo, tem seis deles dedicados a ela e a China, outros 60.
….
“Não há como negar, é uma ameaça à segurança nacional”, diz o engenheiro José Bezerra Pessoa Filho, do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e ex-diretor da Associação Aeroespacial Brasileira (AAB).

Em 1982, durante a Guerra das Malvinas, um dos satélites meteorológicos que fornecia imagens para o governo foi reposicionado pelos Estados Unidos e deixou de fornecer informações sobre o clima em todo o Hemisfério Sul durante dois meses. Em 2005, por conta do furacão Katrina, os americanos precisaram usar toda a potência de varredura de seus satélites para rastrear o fenômeno, reduzindo a frequência das imagens da América do Sul e do Brasil. “Se fossemos atingidos naquela época por um evento da magnitude do ciclone Catarina, que varreu a região Sul em 2004, ficaríamos no escuro”, afirma Villela [Thyrso Villela, diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da Agência Espacial Brasileira (AEB).].

A história de dependência começou com a privatização do sistema Telebrás, em 1998. A Embratel, que operava os satélites BrasilSat, passou às mãos da americana Verizon e depois da América Movil, do magnata mexicano Carlos Slim, dona da Star One.

Há, logicamente, salvaguardas pelas quais a operação desses satélites é feita somente por brasileiros. Mas os militares não têm controle sobre esses equipamentos, não podem desligar o satélite ou mudar sua posição.

De reportagem a rePORCAgem

A partir de certo ponto a reportagem da IstoÉ vira rePORCAgem, quando deprecia o programa de satélites ativo da Agência Espacial Brasileira.

O Brasil continua pesquisando e desenvolvendo satélites próprios. Tem satélites em operação, em parceria com a China. Desenvolve um satélite em parceria com a Argentina, e tem acordos com Índia e África do Sul, entre outros países.

Outro erro da revista: o desenvolvimento de satélite em si, não depende do Foguete lançador (VLS) brasileiro. São projetos à parte. Apesar do VLS ser uma conquista importante no domínio da tecnologia espacial, satélites nacionais podem ser desenvolvidos e colocados em órbita por foguetes estrangeiros.

Por Zé Augusto

Cuidado com faculdades privadas.

http://www.blogdovavadaluz.com/

Do Jornal da Paraíba

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública com pedido de liminar contra a Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), a Universidade Aberta Vida Sociedade Simples Ltda. (Unavida), o Estado da Paraíba e 16 municípios: João Pessoa, Areia, Campina Grande, Conceição, Guarabira, tabaiana, Itaporanga, Juazeirinho, Lagoa de Dentro, Mamanguape, Monteiro, Nova Floresta, Patos, Pedras de Fogo, Princesa Isabel e Sousa.

Segundo a ação, as duas instituições estariam atuando de forma irregular nessas cidades ofertando curso de nível superior para formação de professores. A ação pede ainda a anulação de todos os diplomas e certificados concedidos pelas duas instituições desde o início da parceria. Neste período, a direção da UVA afirma ter formado cerca de 30 mil pessoas.

Na ação civil pública também consta que a UVA não possui autorização formal para funcionar no estado e ainda estaria realizando a cobrança indevida de mensalidades através de uma parceria com a Unavida, instituição privada. O MPF pede que a Justiça Federal conceda liminar determinando que a UVA e a Unavida deixem de ministrar cursos superiores na Paraíba até que obtenha autorização expressa do Estado, através de convênio, sob pena de multa diária para o reitor no valor de R$ 5 mil.

O MPF solicita ainda que o Estado e os municípios sejam proibidos de ceder ou locar prédios para o funcionamento de cursos, também sob pena de multa diária de R$ 5 mil para cada ato constatado. Atualmente, as duas instituições atendem a cerca de oito mil alunos na Paraíba.

O MPF argumenta que a UVA não está autorizada formalmente pelo Estado da Paraíba para ministrar cursos superiores dentro dos seus limites territoriais, já que pertence ao sistema público de ensino do Ceará e como entidade estadual seu campo de atuação seria restrito às divisas do estado de origem. Desde 2000, a UVA passou a ministrar cursos superiores na Paraíba, mesmo inexistindo convênio que autorizasse sua atuação, como confirmado pela Secretaria de Estado da Educação.

O MPF aponta que a UVA, mesmo sendo instituição pública de ensino superior, cobra matrículas e mensalidades de seus alunos desde sua instalação na Paraíba, burlando a regra do ensino público gratuito nos estabelecimentos oficiais, conforme previsto no artigo 206, inciso IV, da Constituição Federal. Ainda segundo a ação, haveria uso da universidade pública para fins de interesse privado, já que o reitor da UVA, Antônio Colaço Martins, é apontado como proprietário da Unavida.

Além de não ter autorização formal para ministrar cursos superiores na Paraíba, a UVA firmou, em 1º de fevereiro de 2002, ‘parceria’ com a Unavida, uma universidade privada que sequer é reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), com a intenção de fazer com que os estudantes formados pela Unavida passassem a ter seus diplomas expedidos pela UVA, pois, se os diplomas fossem expedidos apenas pela Unavida, não teriam qualquer validade.

Para o procurador da República Kleber Martins, essa prática, apelidada de “incubação” de faculdades privadas por universidades públicas, é ilegal e imoral. A direção da Uva/Unavida informou que ainda não foi comunicada oficialmente da ação, mas que já está preparando a defesa para entrar com recurso. As aulas estão mantidas.

“São denúncias sem fundamento. O estado não tem competência para autorizar qualquer curso de fora, porque ela é pública. A universidade é autônoma e já temos parecer do Ministério da Educação”, defende Cacilda Marques do Rego, diretora acadêmica da Uva/Unavida na Paraíba.

A equipe de reportagem do JORNAL DA PARAÍBA também tentou entrar em contato com a Secretaria de Estado da Educação, mas não obteve êxito.

A VANTAGEM DE NAMORAR UM BARRIGUDINHO!!! (CARLA MOURA PSICÓLOGA, ESPECIALISTA EM SEXOLOGIA)

Concordo plenamente.

http://setecandeeiroscaja.blogspot.com/

Que tal? Otacílio, Gildinho, Sormani, Joselito e Pelado. Tão de dentro!

Tenho um conselho valioso para dar aqui: se você acabou de conhecer um rapaz, tente disfarçadamente descobrir como é sua barriga.

Se for musculosa, torneada, estilo `tanquinho', fuja! Comece a correr agora e só pare quando estiver a uma distância segura. É fria, vai por mim.

Homem bom de verdade precisa, obrigatoriamente, ostentar uma barriguinha de chopp. Se não, não presta.

Você nunca verá um homem barrigudinho tirando a camisa dentro de uma boate e dançando como um idiota, em cima do balcão. Se fizer isso, é pra fazer graça pra turma e provavelmente será engraçado, mesmo.

E você não será informada sobre quantas calorias tem no seu copo de cerveja, porque eles não sabem e nem se importam.

Esses homens entendem que, se eles não estão em forma perfeita o tempo todo, você também não precisa estar.

Se ele souber cozinhar, então, bingo! Encontrou a sorte grande, amiga. Ele vai fazer pra você todas as delícias que sabe, e nunca torcerá o nariz quando você repetir o prato. Pelo contrário, ficará feliz.

Outra coisa fundamental: homens barrigudinhos são confortáveis!

Experimente pegar a tábua de passar roupas e deitar em cima dela. Pois essa é a sensação de se deitar no peito de um musculoso besta. Terrível!

Gostoso mesmo é se encaixar no ombro de um fofinho, isso que é conforto. E na hora de dormir de conchinha, então? Parece que a barriga se encaixa perfeitamente na nossa lombar, e fica sensacional.

Dia Internacional da BARRIGA - Está chegando e CHEGA DE VIADAGEM!

O mundo inteiro sabe que quem gosta de homem bonito são os viados. Mulher quer homem inteligente, carinhoso e boa praça. Por isto está sendo lançado o DIA INTERNACIONAL DOS BARRIGUDOS.

Chega de ter a consciência pesada após beber aquela cervejinha, ou aquele vinho, e comer aqueles petiscos.

Chegou a sua vez!! Salada, é o caralho!!

Nosso Lema: "Mais vale um barrigudinho bom de cama, do que um gostosão fracassado".

Nosso ìdolo: "Homer Simpson".

P.S.: E mandamos um recado para você "sarado gostosão": Enquanto você malha, sua namorada está tomando cerveja num motel, com um barrigudo!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Não deu para resistir: homenagem para “seu” Arruda.

clip_image002

Casal negro dá à luz menino branco e loiro no ReinoUnido.

Quem disse que isso não acontece.

Do UOL Notícias
Em São Paulo

  • Daniel nasceu com uma mutação genética

    Daniel nasceu com uma mutação genética

 

O casal Francis e Arlette Tshibangu, que vive no Reino Unido, tomou um susto quando o pequeno Daniel nasceu. O menino, segundo filho do casal que já tem um menino de dois anos, é branco e loiro. No entanto, tanto a mãe quanto o pai são negros.

"A primeira coisa que pensei foi 'uau, será que ele é mesmo meu filho", disse Francis Tshibangu, em entrevista ao jornal Daily Mail. De fato, o garotinho é mesmo seu filho. Daniel não é albino. Uma mutação genética explica a cor de sua pele.

"Estou com minha mulher há três anos e nunca questionei sua fidelidade, mas a cor branca da pele do meu filho foi uma supresa", afirmou. Os médicos e as enfermeiras também estranharam.

Mas, apesar da cor da pele, Daniel é muito parecido com o casal. "Ele tem meu nariz e os lábios da minha mulher. Ele é nosso pequeno milagre. E é lindo também", contou Tshibangu.

A mãe não se importou com a cor da pele do bebezinho. Arlette ficou mais preocupada em saber se a mutação genética traria problemas de saúde ao pequeno Daniel, mas ficou aliviada em saber que o menino é bem saudável.

Aliviado, o casal sabe que vai atrair o olhar desconfiado de muitas pessoas quando forem andar na rua com o menino. "Hoje mesmo, muita gente nos olha e pensa 'o que este casal negro faz com um bebê branco?' Tenho certeza que muitos acham que a gente o roubou", disse Tshibangu. "Mas, para nós, a cor da pele não é importante. O que importa é que temos um menininho saudável que amamos muito", completou.

Susposto assessor da SP Alimentos ameça chargista Régis Soares

http://www.clickpb.com.br/noticias/cotidiano/aaaaaaaaaaaaaaaaa/

Fernando RodriguesRégis Soares é ameaçado após fazer charge da merenda escolar da CapitalCharge de Rua

O chargista Régis Soares, um dos mais conceituados de João Pessoa e que expõe seus trabalhos desde 1986, sofreu na manhã desta quinta-feira (11) tentativa de agressão por um homem de meia idade que se identificou como assessor de imprensa da SP Alimentação, empresa responsável pelo fornecimento de merenda às escolas da Prefeitura da Capital paraibana.

De acordo com Régis, o homem foi duas vezes em sua residência tentando intimidá-lo a retirar o painel/charge publicado ontem à noite com críticas a qualidade da merenda fornecida pela SP Alimentação.

No painel/charge um garçom com boné da SP Alimentação oferece a merenda a um aluno que recusa, supostamente pela qualidade.

Segundo Régis Soares, o suposto assessor da SP Alimentação, sob ameaça, do chargista responder na Justiça , mandava retirar o nome da empresa da charge e tentou agredi-lo e pegar à força sua máquina fotográfica quando tentava fotografá-lo.

O chargista prestou queixa na 3ª Delegacia Distrital da agressão e intimidação do suposto assessor da SP Alimentação.

Cajazeiras tem novo prefeito: Carlos Rafal substitui Léo Abreu.

http://www.clickpb.com.br/noticias/politica/carlos-rafael-toma-posse-na-camara-municipal-e-e-o-novo-prefeito-de-cajazeiras/

Carlos Rafael toma posse na Câmara Municipal e é o novo prefeito de Cajazeiras

 

Após ler a carta renúncia de Léo Abreu contendo seis páginas, o presidente da Câmara Municipal de Cajazeiras Marcos Barros empossou o vice-prefeito Carlos Rafael na titularidade do cargo.

Carlos Rafael fez o juramento e foi declarado o novo prefeito de Cajazeiras. A Câmara de veredores ficou totalmente tomada, e o novo prefeito foi bastante aplaudido ao chegar ao local.

O prefeito Carlos Rafael afirmou que está cumprindo um papel muito difícil de substituir o ex-prefeito Ló Abreu. Ele confirmou que deverá fazer alguns ajustes na sua equipe e enfatizou que o momento agora é de trabalhar. O jovem Rafael também acrescentou que está proibido fazer política no seu grupo, pois, o momento é de trabalho.

Os vereadores usaram da palavra saudando o novo prefeito Carlos Rafael.

Redação Portal CZN

Renuncia o prefeito de Cajazeiras

A notícia da renúncia do Prefeito Léo Abreu ao cargo de Prefeito de Cajazeiras pegou o editor do Sete Candeeiros Cajá ministrando aula, na Universidade Federal da Paraíba.

Desde então, os telefonemas se sucederam em impressionante rapidez e a novidade política cajazeirense se espalhou pelo oco do mundo. Recebemos ligações de Cajazeiras, João Pessoa, Fortaleza, Brasília e São Paulo.

Os irmãos cajazeirenses tinham sede de explicação. Nenhum deles registrava, nos escaninhos da memória, outro fato de similar alcance.

Anotemos uma constatação: na sua carta-renúncia, lida no plenário da Câmara Municipal de Cajazeiras, o Prefeito Léo Abreu fez um breve histórico do seu período de governo e se despediu sob pedidos de agradecimentos e desculpa.

A renúncia impressiona pelo inusitado do gesto histórico, mas nos obriga à análise de que - em tempos em que gananciosos vendem a alma pela oportunidade de dirigir os destinos dos municípios - o ato de Léo Abreu pode - a depender do aprofundamento da motivação à renúncia - expressar o sentimento de um político que sempre quis acertar e não tem o apetite voraz pelo poder, estando mesmo decepcionado com o seu exercício.

Nas próximas horas, os desdobramos da tarde de hoje dirão o modo como o jovem prefeito entrará na história cajazeirense.

domingo, 15 de maio de 2011

TIÃO LUCENA: OS MOTIVOS DA GUERRA

http://www.blogdovavadaluz.com/


Alguém me disse que o empresário Eduardo Carlos rompeu com Ricardo Coutinho porque ele, Eduardo, queria indicar o secretário de comunicação. Acho coisa de pouca monta esse motivo, mas dizem que Eduardo é muito vaidoso, se acha o rei da cocada preta, de modo que duvidar disso eu duvido, mas duvido sem muita segurança. O que sei e disso ninguém me demove é que o sistema Cabo Branco move campanha contra o governador por causa de interesses contrariados, nunca porque se preocupa com o coletivo (epa!).
Mas foi sempre assim. Sou rapariga velha no pedaço e sei que sempre foi assim. Comecei na imprensa em 75. Naquele tempo, mandava no mercado o Jornal O Norte. Aliás, o Norte só não, os Associados. Marcone Góes era o rei. O homem mais paparicado da Paraíba. Casava e batizava, até missa celebrava. Quem não rezasse na sua cartilha, tomava no sedém. Até que um rapaz meio atrevido botou ele numa saia curta. Foi no caso do atentado a Burity. O Norte tomou as dores de Burity e botou pra lascar em cima de Ronaldo. Cassio intermediou um entendimento, ofereceu dinheiro, Marcone Góes afrouxou, marcaram o encontro para os acertos e nesse encontro tiraram a máscara do executivo dos Associados. Marcone caiu em desgraça, foi afastado, os Associados mandaram outros donos pra tomar conta do negócio e hoje o glorioso O Norte é a porcaria que todos nós conhecemos.



Por muitos anos, depois de O Norte, quem reinou foi O Correio. Surgiu, porém, o grupo da canjiquinha, que, segundo Fabiano Gomes, recebeu mais do que O Correio dos cofres de Zé Maranhão, tomou gosto pela coisa e, quando da vitória de Ricardo Coutinho, botou a faca nos peitos do governador exigindo a Secretaria que libera as verbas de publicidade. Um verdadeiro filé mignon. Ricardo, porém, mandou dizer a Eduardo que quando ele, Eduardo, fosse governador, poderia nomear o secretário de comunicação. Enquanto não, quem faria a nomeação seria Ricardo Coutinho. O mundo caiu, a Cabo Branco, o Jornal da Paraíba, a Rádio 101, em suma, o grupo todo declarou guerra e o resultado é essa enxurrada de denúncias contra o Governo. Ressalte-se que as denúncias devem mesmo ser apuradas. Elas desnudam os vestais oficiais. Mas seria de bom tamanho que os denunciantes dissessem ao distinto público que estão denunciando porque alguém contrariou seus interesses e não por serem movidos pelo chamado espírito público.



Aliás, esse negócio de empresa de comunicação indicar secretário só faz lascar o indicado. Walter Santos foi secretário de Mariz, mas só durou enquanto Mariz foi vivo. Depois de morto, Zé Maranhão dispensou o torrelandense, que saíra da Editoria do Correio para o cargo, botando no lugar dele Geovani Meireles, igualmente editor do Correio. Geovani brigou com Maranhão, saiu do Governo e não reassumiu o antigo cargo. Do mesmo jeito que aconteceu agora com Lena Guimarães, uma espécie de rainha do sistema, que perseguiu colegas, tirou espaço de velhos amigos, fez, aconteceu e por último foi servir a Maranhão, Zé deixou de ser governador e ela, Lena, perdeu a serventia.

GRUPO SÃO BRAZ SE LIVROU DE MULTA DE 7 MILHÕES E O PROCESSO SUMIU

http://www.blogdotiaolucena.com.br/



Reportagem publicada no jornal Correio da Paraíba neste domingo detona o ex-secretário da Receita, Nailton Ramalho, apontado como o responsável pela dispensa de uma multa de 7 milhões de reais aplicada a São Braz de Zé Canjiquinha no dia 17 de junho do ano passado. Segundo o jornal, um fiscal da Receita Estadual multou a São Braz SA Indústria e Comércio de Alimentos em R$ 7,5 milhões, por uma dívida acumulada pelo não pagamento do ICMS relativa aos anos de 2005, 2006 e 2007..
Passados quatro meses deste auto de infração, que por lei corresponde a 200 por cento do valor da dívida - precisamente no dia 20 de outubro de 2010 - não só a multa foi cancelada e a dívida extinta, como todo o processo foi apagado como num passe de mágica do sistema centralizado na Secretaria da Receita do Estado.
Diz o jornal que o autor desta façanha fiscal e tributária foi o então secretário da Receita, Nailton Rodrigues Ramalho, que em uma canetada só, sem consultar o Conselho Fiscal da Secretaria, que está acima do titular do cargo, nem muito menos a Procuradoria do Estado, que tem decisões vinculantes para todos os órgãos da área financeira, e talvez nem o governador à época José Maranhão, resolveu avocar para si a decisão de perdoar uma dívida de um poderoso grupo empresarial e subtrair R$ 7,5 milhões dos combalidos cofres estaduais.
Em sua justificativa, o secretário Nailton Ramalho desconheceu o trabalho do fiscal da Receita e a existência da dívida, argumentando que “a direção superior desta secretaria não foi devidamente comunicada sobre o procedimento adotado para que se procedesse a re-fiscalização de trabalhos, anteriormente, realizados por Auditor fiscal Tributário”.

O perfil de José Serra feito pelos americanos

http://apublica.org/?p=161

Telegrama obtido pelo WikiLeaks mostra o empenho do corpo diplomático americano em perfilar o pré-candidato à presidência da República
Por Marcus V F Lacerda, especial para a Pública





No começo de 2009, o cônsul-geral americano em São Paulo, Thomas White, ocupou-se de uma tarefa digna de Gay Talese ou Lilian Ross. Tratava-se de um perfil do então governador paulista e nome forte do PSDB na disputa presidencial, José Serra.
O produto da pesquisa é o tema central de mensagem de 11 de fevereiro daquele ano, na qual o diplomata resume a carreira, as posições político-ideológicas e diversos traços de Serra. “Serra é pessoalmente um político muito atípico com peculiaridades e interesses muito particulares”, introduz Thomas White em seu dossiê que caracteriza Serra como um “workaholic”, “insone” e “anti-social”.
O documento mostra o interesse norteamericano em detalhes sobre um dos principais candidados à sucessão de Lula.
O diplomata valeu-se de entrevistas com diversas pessoas próximas a Serra. Dentre elas estão nomes do PSDB como Paulo Renato Sousa e Aloysio Nunes, membros do secretariado serrista como Maria Elena Fuimarães, Cristina Ikonomidis e José Henrique Reis Lobo, o ex-governador Cláudio Lembo, o economista-orientador do Bradesco Honorato Barbosa, o consultor político Thiago Aragão e até Aldo Rebelo do PC do B.
“O grupo foi unânime em sua forte lealdade a Serra, suas descrições francas das qualidades antipáticas, e de sua dedicação e competência evidentes”, descreve o telegrama.
Thomas White descreve Serra como introvertido e desconfortável em eventos sociais descontraídos onde outros políticos se destacariam.
A inacessibilidade ao tucano também é abordada no texto que nota o hábito de Serra de confirmar sua presença apenas momentos antes do acontecimento. De acordo ainda com o telegrama, Serra teria causado um desconforto para o consulado canadense em 2008 durante a visita da governadora-geral do Canadá, Michaelle Jean, ao Brasil. O então governador paulista teria cancelado uma reunião com a principal representante canadense no exterior um dia antes do encontro.
Interlocutor “positivo” para os EUA
A trajetória de Serra é traçada rapidamente desde a presidência da UNE nos anos 60, passando pelo exílio na Argentina e no Chile. Para White, Serra coloca-se como um sobrevivente do golpe de Pinochet em um artigo que o tucano publicou na revista americana Dissident entitulado “O outro 11 de setembro”. O cônsul ainda sublinha a relativa proximidade de Serra com outros intelectuais anti-militaristas da América Latina .
“Apesar disso, ele continuou como um economista fortemente técnico e nunca caiu em uma crítica simplista tanto ao capitalismo quanto aos Estados Unidos”, pontua o telegrama.
A posição de Serra diante do Estados Unidos é sempre colocada em cheque e contornada em seguida ao longo do texto. “Apesar de sua tendência em manter uma certa distância dos EUA, Serra pode funcionar muito bem como um interlocutor positivo dos Estados Unidos”, relata.
White que descreve a política de Serra como sendo mais intervencionista e menos ligada ao mercado que a postura tipicamente americana.
Visitas a escolas
White relata o que ouviu do assessor do ex-governador a contar que Serra ia a uma escola pública de São Paulo toda semana, principalmente escolas primárias. Estas visitas eram extra-oficiais e não contavam nem com cobertura da imprensa ou presença de alguém da secretaria de Educação. A escola a ser visitada era mantida em segredo até um dia antes da visita, quando os alunos recebiam uma biografia do então governador. Quem agilizava estas visitas era a secretaria-adjunta de Educação, Cristina Ikonomidis.
Em sala de aula, Serra transforma-se de governador workaholic e antipático em um professor de matemática carismático com os alunos. Fotos levadas por Ikonomidis aos americanos mostram um Serra sorridente e brincalhão entre as crianças. “Serra geralmente cativa os alunos com uma piada, usualmente perguntando o nome da professora e soletrando-o errado propositalmente enquanto o escreve no quadro”, descreve o telegrama.
Serra intervencionista?
Segundo a pesquisa do cônsul-geral, houve um temor no mercado financeiro de que, uma vez sendo presidente, Serra optaria por uma política econômica com maior presença do estado. José Serra já foi um defensor do intervencionismo e suas ações no Ministério da Saúde mostravam um gosto pela presença do estado. De acordo com o telegrama, muitos homens de negócios em são paulo repetiam o chavão “Serra é mais esquerdista que Lula”.
Mas Fernando Honorato Barbosa, economista do Bradesco, disse a White que Serra não teria motivos para tomar medidas intervencionistas uma vez que ele já lidaria com juros baixos por razões econômicas. “De qualquer forma, Barbosa admite que até em seu setor no Bradesco existe um debate vigente sobre o quão intervencionista Serra pode ser como presidente”, complementa White no telegrama.

O Brasil está inventando os desmatadores patriotas

por Luiz Carlos Azenha
Quando o Brasil discutia de forma altamente polarizada o destino da reserva Raposa Serra do Sol eu vivia em Washington. Pelo que lia e ouvia, à distância, os indígenas estariam a serviço dos Estados Unidos, parte de uma conspiração internacional para desmembrar o Brasil.
Como repórter, fui até lá gravar um documentário. E descobri que não era bem assim: tinha sido um longa luta por autonomia, marcada por ameaças, ações de intimidação e assassinatos brutais cometidos pelos invasores da terra.
Agora, aquele mesmo discurso surrado está de volta. Com alguns dos mesmos atores. Quem defende a preservação ambiental estaria a serviço de uma vasta conspiração. E os desmatadores? São patriotas. Patriotas desmatadores. Eles querem detonar a esfera pública de seus negócios, ou seja, se livrar das obrigações legais que têm com o interesse comum. Agora, escondidos sob a bandeira do Brasil!
Fiquem com o artigo do Gilson Caroni:
DEBATE ABERTO
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/e-o-brasil-vai-inventar-a-esquerda-patriotadesmatadora.html


Amazônia: qual o código da nossa esquerda?
Será o Código Florestal a prova dos nove para o habitual transformismo que, vez por outra, visita forças do campo progressista? É hora de a esquerda se livrar do imaginário herdado do padrão fordista e incorporar a luta pela preservação natural ao seu horizonte político.

Gilson Caroni Filho, na Carta Maior, em 14.05.2011

Equilíbrio ambiental e desenvolvimento sustentável são elementos indispensáveis para o futuro do país. Exigem do movimento ecológico uma reformulação radical que o torne matriz de uma nova esquerda. A Amazônia é um exemplo. Seu desmatamento é obra conjunta de latifundiários, grandes empresários e empresas mineradoras.
São os inimigos a serem confrontados prontamente. Será o Código Florestal a prova dos nove para o habitual transformismo que, vez por outra, visita forças do campo progressista? Ou talvez a inflexão de fundo seja de maior envergadura. É hora de a própria esquerda se livrar do imaginário herdado do padrão fordista e incorporar a luta pela preservação natural ao seu horizonte político. Fora disso, a palavra progressista torna-se um vocábulo vazio. Um atributo discutível para quem luta no campo democrático-popular. O ciclo da destruição das nossas florestas é sobejamente conhecido
Desde a década de 1960, a grilagem vem sendo ampliada por intervenções como o estímulo à mineração e à expansão da pecuária e da lavoura monoculturista, a abertura ou o asfaltamento de estradas e outros projetos ditos de “povoamento” e, como agora, no caso de projetos de hidrelétricas do Rio Madeira, “desenvolvimento”. E isso desde o simples anúncio, quando tais iniciativas ainda estão no papel.
Todos nós já vimos tramas semelhantes em filmes de faroeste, em que os robber barons tratam de se apossar, por quaisquer meios, das terras por onde vai passar a ferrovia ou ser feita a represa.
Uma vez estabelecida a ocupação, tem início a retirada da madeira de maior valor comercial, destinada às carvoarias e às indústrias moveleira e de construção civil, etapa que pode levar várias estações de corte. Exauridos tais recursos, segue-se a “limpeza” da área, por meio de corte raso e queimada, e o preparo da terra para pastagem.
Quando a extração de madeira se esgota, entra o gado, tipicamente de corte. Em algum momento, a posse é esquentada por títulos falsificados de propriedade que, exatamente por serem falsos, e porque os registros e fiscalização são precários, geralmente não aparecem nas estatísticas oficiais, em que as áreas griladas continuam figurando como terras da União.
Ironicamente, essas “propriedades” serão usadas como garantia para a obtenção de empréstimos e financiamentos junto a bancos, tanto privados como oficiais, e a agências de fomento.
A substituição do gado pela soja ou por outras lavouras extensivas é determinada, mais que por qualquer outro fator, pela demanda por essas commodities e por seus preços relativos nos mercados internacionais, sobre os quais o Brasil não tem qualquer controle: são buyer markets, mercados de compradores. No caso da soja, vale lembrar que há sinergia com a pecuária, já que parte significativa da colheita vai para a produção de farelo empregado em rações animais.
Além disso, o ciclo se expande continuamente. Pois, enquanto a lavoura está entrando numa área, os grileiros e as motosserras estão abrindo novas “frentes de ocupação” em outra, para a qual o gado por sua vez se expandirá ou mesmo deslocará, pois é muito mais fácil deslocar reses do que vegetais.
Se deixada ao sabor do mercado, a floresta de ontem se converte no polo madeireiro de hoje, no pasto de amanhã, na lavoura extensiva de depois de amanhã e, em última instância, em deserto.
O solo característico da Floresta Amazônica, embora rico em elementos não orgânicos como ferro e alumínio, é extremamente pobre em nutrientes, e por si só jamais seria capaz de sustentar florestas. E, no entanto, a floresta está lá. Como? O que sustenta a floresta em pé é a própria floresta.
A decomposição dos detritos vegetais e animais depositados pela própria floresta sobre seu solo forma a “terra preta de índio”, um fino tapete rico em húmus, e são os microorganismos aí presentes que produzem os nutrientes de que as árvores se alimentam.
Quando a cobertura florestal é removida, o ciclo se rompe. Pois a camada de “terra preta” é superficial e, sem a floresta para de um lado renovar os componentes orgânicos e de outro segurá-los, é rapidamente degradada. Até mesmo pela chuva, que nessas condições, sem a floresta para proteger o solo do impacto direto, carrega a terra para as barrancas dos rios acelerando a erosão.
Uma vez derrubada, portanto, a floresta não se recompõe. Disso sabe, ou deveria saber, o deputado Aldo Rebelo. O campo progressista não comporta alianças com forças antagônicas à sua história de combatividade, coerência e superação. Estamos vivendo um debate decisivo para a agenda que a esquerda pretende propor. O fio da navalha onde tudo perde a cor, e dificilmente se refaz, reaparece no cenário político. Como nas florestas degradadas.
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil

quinta-feira, 5 de maio de 2011


A CIVILIZAÇÃO MUÇULMANA - ISLAMISMO

I- INTRODUÇÃO: ISLAMISMO:

1- ISLAMISMO:

  • Religião monoteísta fundada por Maomé;

  • local de origem: Península arábica;

  • Sincretismo religioso: Fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originários.

  • Sincretismo: Cristianismo, Judaísmo e tradições da Arábia pré-islâmica.

II- A ARÁBIA PRÉ-ISLÂMICA: Características gerais:

1- A Arábia tem duas regiões geográficas distintas: Deserto ( a maior parte da região) e o litoral;

2- Deserto:

  • Povos do deserto conhecidos como beduínos;

  • Viviam em tribos, muitas vezes inimigas e conflitantes;

  • Portadores de uma economia baseada na criação de pequenos animais, uso de camelos e dromedários;

  • Politicamente descentralizados;

  • religião: Politieista, animista e idolatra.

3- Existência de pequenas cidades entre elas Meca (centro religioso, cultural) e Yatreb.

III- ISLAMISMO:

1- FUNDADOR: Maomé.

2- HÉGIRA:

  • Fuga de Maomé de Meca para yatreb (muda o nome para Medina em homenagem a Maomé. Mediana: cidade do profeta.). Na tradição islâmica mais do que uma fuga um gesto simbólico comparado a peregrinação de Abraão.

  • Fuga motivada pela perseguição dos líderes de Meca, os coraixitas, que não viam com bons olhos a introdução de um novo culto.

3- PRINCÍPIOS DO ISLÃ:

  • Profissão de fé: Só há um Deus, que é Alá, e Maomé é seu profeta;

  • Realizar cinco orações diárias com a frente voltada para Meca;

  • Fazer durante o mês sagrado islâmico Ramadã, o jejum religioso;

  • Fazer a perigrinação a Meca;

  • Esmola e generosidade(Zakat e Sadaka).

4- LIVROS SAGRADOS:

  • Alcorão: Livro sagrado (contém: instruções de vida, palavras divinas de Alá, proibições e a ideia de predestinação);

  • Sunas: Coletânea que reúne os ensinamentos do profeta.

5- CREDOS (DIVISÃO) BÁSICOS:

  • Sunita (califa qualquer membro do Islã, acredita no Alcorão e na Suna);

  • Xiita (Califas só descendentes de Maomé e só Alcorão).

IV- A CIVILIZAÇÃO ÁRABE – MUÇULMANA:

1- EXPANSÃO:

  • Local: Oriente, Ásia e Europa (Península Ibérica);

  • Causas Gerais da expansão:

> Busca por terras (agricultura, cobrança de impostos);

> Estimulo religioso ( a Jihad);

> Expansão comercial (domínio de rotas);

> Enfraquecimento dos Império Bizantino e Persa.

2- CARACTERÍSTICAS CULTURAIS:

  • Até o século XII era a mais dinâmica da bacia do Mediterrâneo;

  • Filosofia (difundem a filosofia grega. Filósofos: Avicena, Averróis);

  • Matemática (trigonometria [arco, tangente]);

  • Química (destilação do álcool);

  • Literatura (riquíssima, entre outras, As Mil e uma Noites).

quinta-feira, 28 de abril de 2011

MALUCO BELEZA: ISSO É QUE É MÚSICA!

 

VEJA A LETRA NO CANTINHO DAS LETRAS

Coordenador do MAC diz: as prioridades do orçamento são da cidade e não de grupos.

 

O Movimento dos Amigos de Cajazeiras participa de reunião na Câmara Municipal.

Coordenador do MAC diz: as prioridades do orçamento são da cidade e não de grupos

Rubismar é o coordenador do Movimento

O MAC (Movimento dos Amigos de Cajazeiras) se reúne nesta quarta-feira (28), na Câmara Municipal para discutir melhores obras para a cidade a serem apresentadas no Orçamento Democrático estadual nesse sábado (30).

O coordenador do MAC, Rubismar Galvão, declarou que as reivindicações ao governador devem ser racionais e escolhidas com bom censo para selecionar o melhor para a cidade não só no presente, mas no futuro.

“Nós temos que ter o cuidado para eleger uma coisa grande para Cajazeiras e que tenha muita repercussão para a comunidade”, disse

Rubismar afirmou que é importante que os cajazeirenses apresentem um discurso afinado na reunião do orçamento, que vai contar com a presença do governador e seus auxiliares.

“Se tivermos um discurso afinado e organizado eles vão perceber que Cajazeiras é uma cidade ativa”, frisou o coordenador.

Ele enfatizou ainda, que as prioridades a serem definidas nessa reunião não devem ser de grupos, mas prioridades da cidade.

DIÁRIO DO SERTÃO

Hussum e as religiões

 

Humor para descontrair(corrigindo a postagem anterior). É apenas humor e não opinião pessoal. Mas veja o que se pensa sobre as religiões.

SER PROFESSOR?

 

Com esse vídeo entro no debate: O que é ser um bom professor? Esse do vídeo é?

 

Os professores e os sacerdotes da privataria

http://www.viomundo.com.br/

27 de abril de 2011 às 12:31

Os professores e os sacerdotes da privataria

Que bom que os Sindicatos de Trabalhadores da Educação preocupam os sacerdotes da privataria e seus braços ideológicos!

sugestão da Angelina Lessa, do Portal da ANDES

por Gaudêncio Frigotto, Zacarias Gama, Eveline Algebaile, Vânia Cardoso da Mota, Hélder Molina*

Vários meios de comunicação utilizam-se de seu poder unilateral para realizar ataques truculentos a quem ousa contrariar seus interesses. O artigo de Gustavo Ioschpe, publicado na edição de 12 de abril de 2011 da Revista Veja (campeã disparada do pensamento ultraconservador no Brasil), não apenas confirma a opção deliberada da Revista em atuar como agência de desinformação – trafegando interesses privados mal
disfarçados de interesse de todos –, como mostra o exercício dessa opção pela sua mais degradada face, cujo nível, deploravelmente baixo, começa pelo título – “hora de peitar os sindicatos”. Com a arrogância que o caracteriza como aprendiz de escriba, desde o início de seu texto, o autor considera patrulha ideológica qualquer discordância em relação às suas parvoíces.

Na década de 1960, Pier Paolo Pasolini escrevia que o fascismo arranhou a Itália, mas o monopólio da mídia a arruinou. Cinquenta anos depois, a história lhe deu inteira razão. O mesmo poderia ser dito a respeito das ditaduras e reiterados golpes que violentaram vidas, saquearam o Brasil, enquanto o monopólio privado da mídia o arruinava e o arruína. Com efeito, os barões da mídia, ao mesmo tempo em que
esbravejam pela liberdade de imprensa, usam todo o seu poder para impedir qualquer medida de regulação que contrarie seus interesses, como no caso exemplar da sua oposição à regulamentação da profissão de jornalista. Os áulicos e acólitos dessa corte fazem-lhe coro.

O que trafega nessa grande mídia, no mais das vezes, são artigos de prepostos da privataria, cheios de clichês adornados de cientificismo para desqualificar, criminalizar e jogar a sociedade contra os movimentos sociais defensores dos direitos que lhes são usurpados, especialmente contra os sindicatos que, num contexto de relações de superexploração e intensificação do trabalho, lutam para resguardar minimamente os interesses dos trabalhadores.

Os artigos do senhor Gustavo Ioschpe costumam ser exemplos constrangedores dessa “vocação”. Os argumentos que utiliza no artigo recentemente publicado impressionam, seja pela tamanha tacanhez e analfabetismo cívico e social, seja pelo descomunal cinismo diante de uma categoria com os maiores índices de doenças provenientes da superintensificação das condições precárias de trabalho às quais se
submete.

Um dos argumentos fundamentais de Ioschpe é explicitado na seguinte afirmação: Cada vez mais a pesquisa demonstra que aquilo que é bom para o aluno na verdade faz com que o professor tenha que trabalhar
mais, passar mais dever de casa, mais testes, ocupar de forma mais criativa o tempo de sala de aula, aprofundar-se no assunto que leciona. E aquilo que é bom para o professor – aulas mais curtas, maior salário, mais férias, maior estabilidade no emprego para montar seu plano de aula e faltar ao trabalho quando for necessário – é irrelevante ou até maléfico aos alunos.

A partir desse raciocínio de lógica formal, feito às canhas, tira duas conclusões bizarras. A primeira refere-se à atribuição do poder dos sindicatos ao seu suposto conflito de interesses com “a sociedade representada por seus filhos/alunos”: “É por haver esse potencial conflito de interesses entre a sociedade representada por seus filhos/alunos e os professores e funcionários da educação que o papel do sindicato vem ganhando importância e que os sindicatos são tão ativos (…)”.

A segunda, linearmente vinculada à anterior, tenta estabelecer a existência de uma nefasta influência dos sindicatos sobre o desempenho dos alunos. Nesse caso, apoia-se em pesquisa do alemão Ludger Wossmann, fazendo um empobrecido recorte das suas conclusões, de modo a lhe permitir afirmar que “naquelas escolas em que os sindicatos têm forte impacto na determinação do currículo os alunos têm desempenho significativamente pior”.

Os signatários deste breve texto analisam, há mais de dois anos, a agenda de trabalho de quarenta e duas entidades sindicais afiladas à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e acompanham ou atuam como afiliados nas ações do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – ANDES-SN.

O que extraímos dessas agendas de ação dos sindicatos é, em tudo, contrário às delirantes e deletérias conclusões do articulista.

Em vez de citar pesquisas de segunda mão, para mostrar erudição e cientificidade em seu argumento, deveria apreender o que demanda uma análise efetivamente científica da realidade. Isso implicaria que de fato pesquisasse sobre a ação sindical docente e sobre os processos econômico-sociais e as políticas públicas com os quais se confronta e dialoga e, a partir dos quais, se constitui. Não imaginamos que um filho de banqueiros ignore que os bancos, os industriais, os latifundiários, a grande mídia têm suas federações ou organizações que fazem lobbies para ter as benesses do fundo público.

Um efetivo envolvimento com as pesquisas e com os processos sociais permitiria ao autor perceber onde se situam os verdadeiros antagonismos e “descobrir” que os sindicatos não se criaram puxando-se de um atoleiro pelos cabelos – à moda do Barão de Münchhausen –, autoinventando-se, muito menos confrontando-se com os alunos e seus pais.

As análises que não levam isso em conta, que se inventam puxando-se pelos cabelos a partir dos atoleiros dos próprios interesses, não conseguem apreender minimamente os sentidos dessa realidade e resultam na sequência constrangedora de banalidades e de afirmações levianas como as expostas por Ioschpe.

Uma das mais gritantes é relativa ao entendimento do autor sobre quem representa a sociedade no processo educativo. É forçoso lembrar ao douto analista que os professores, a direção da escola e os sindicatos também pertencem à sociedade e não são filhos de banqueiros nem se locupletam com vantagens provenientes dos donos do poder.

Ademais, valeria ao articulista inscrever-se num curso de história social, política e econômica para aprender uma elementar lição: o sindicato faz parte do que define a legalidade formal de uma sociedade capitalista, mas o ultraconservadorismo da revista na qual escreve e com a qual se identifica já não o reconhece, em tempos de vingança do capital contra os trabalhadores.

Cabe ressaltar que todos os trocadilhos e as afirmações enfáticas produzidos pelo articulista não conseguem encobrir os interesses privados que defende e que afetam destrutivamente o sentido e o direito da população à educação básica pública, universal, gratuita, laica e unitária.

Ao contrário do que afirma a respeito da influência dos sindicatos nos currículos, o que está mediocrizando a educação básica pública é a ingerência de institutos privados, bancos e financistas do agronegócio, que infestam os conteúdos escolares com cartilhas que empobrecem o processo de formação humana, impregnando-o com o discurso único do mercado – o da educação de empreendedores. E que, muitas vezes,
com a anuência de grande parte das administrações públicas, retiram do professor a autoridade e a autonomia sobre o que ensinar e como ensinar dentro do projeto pedagógico que, por direito, eles constroem, coletivamente, a partir de sua realidade.

O que o Sr. Ioschpe não mostra, descaradamente, é que esses institutos privados não buscam a educação pública de qualidade e nem atender o interesse dos pais e alunos, mas lucrar com a venda de pacotes de ensino, de metodologias pasteurizadas e de assessorias.

Por fim, é de um cinismo e desfaçatez vergonhosa a caricatura que o articulista faz da luta docente por condições de trabalho e salário dignos. Caberia perguntar se o douto senhor estaria tranquilo com um salário-base de R$ 1.487,97, por quarenta horas semanais, para lecionar em até 10 turmas de cinquenta jovens. O desafio é: em vez de “peitar os sindicatos”, convide a sua turma para trabalhar 40 horas e acumular essa “fortuna” de salário básico. Ou, se preferir fazer um pouco mais, trabalhar em três turnos e em escolas diferentes. Provavelmente, esse piso para os docentes tem um valor bem menor que o que recebe o articulista para desqualificar e criminalizar, irresponsavelmente, uma instituição social que representa a maior parcela de trabalhadores no mundo.

Mas a preocupação do articulista e da revista que o acolhe pode ir aumentando, porque, quando o cinismo e a desfaçatez vão além da conta, ajudam aqueles que ainda não estão sindicalizados a entender que devem fazê-lo o mais rápido possível.

*Os três primeiros autores são professores do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPFH/UERJ); professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e colaboradora do PPFH/UERJ; educador, assessor sindical e doutorando do PPFH/UERJ.

Veja o que Ariano Suassuna acha do famigerado Forró de Plástico

Publicado por Tião Lucena em 26.04.2011(blog do tião Lucena)

Veja o que Ariano Suassuna acha do famigerado Forró de Plástico

'Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.
Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esqu ecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Ariano Suassuna