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Nessa semana em jornal na TV vejo
a notícia: celular proibido na escola. Aqui na Paraíba é notícia velha, pois já
existe uma lei estadual que proíbe celular na escola. Vamos a outro cenário: o
projeto MVMob (minha vida mobile: http://www.mvmob.com.br/ ).É um projeto que
capacita estudantes e educadores para a produção de conteúdos audiovisuais com
celulares. Esse projeto é aberto a todas as escolas e é patrocinado pela vivo.
Já
deu para perceber a provocação? Esse modelo de escola que temos (tanto público
como privado) está “intimamente desassociado” do contexto atual, da realidade.
No texto “Ensino de História e Novas tecnologias”, o professor de História
Marcos Silva, da universidade federal de Sergipe, trabalha a necessidade de
inserção na escola das TICs (novas tecnologias da informação e comunicação). A
rigor defende a ideia de que temos uma geração de jovens (a geração net) que
vive imersa no mundo tecnológico e a escola não pode desconhecer isso. A escola
deve assumir o seu papel de preparar para vida e incorporar esse processo.
Na
prática o que temos? Temos uma escola que se preocupa em manter seus
anacronismos e a criminalizar determinadas práticas do alunado, como o uso do
celular. Por vários motivos, principalmente por se manter uma concepção de
educação conservadora, bancária (Paulo Freire), a escola (particular e pública)
em sua maioria não sabe lidar, não entende essas mudanças e as descrimina,
quando não criminaliza.
Inúmeras
são as possibilidades que essas novas tecnologias da comunicação e informação
possibilitam na prática escolar, desde que, essa concepção de educação
dominante que é cartesiana, conteúdista, excludente, seja ultrapassada pelos
novos paradigmas educacionais que já existem. A questão não é o celular na
escola, é a escola que existe não se comprometer com o novo e sim
criminalizá-lo. Quando digo escola, estamos falando da instituição como um
todo: diretores, professores, alunos e pais. O ambiente é tão avesso ao
trabalho com novas tecnologias que em muitas escolas existe um desprezo quanto
a seu uso, ou então, uma visão conservadora: a tecnologia como recurso para
“melhorar” a educação expositiva – bancária.
Bacana. Participem do MVMob: www.mvmob.com.br
ResponderExcluirAbs, Merije