quarta-feira, 4 de julho de 2012

O CELULAR NA ESCOLA



Nessa semana em jornal na TV vejo a notícia: celular proibido na escola. Aqui na Paraíba é notícia velha, pois já existe uma lei estadual que proíbe celular na escola. Vamos a outro cenário: o projeto MVMob (minha vida mobile: http://www.mvmob.com.br/ ).É um projeto que capacita estudantes e educadores para a produção de conteúdos audiovisuais com celulares. Esse projeto é aberto a todas as escolas e é patrocinado pela vivo.

                Já deu para perceber a provocação? Esse modelo de escola que temos (tanto público como privado) está “intimamente desassociado” do contexto atual, da realidade. No texto “Ensino de História e Novas tecnologias”, o professor de História Marcos Silva, da universidade federal de Sergipe, trabalha a necessidade de inserção na escola das TICs (novas tecnologias da informação e comunicação). A rigor defende a ideia de que temos uma geração de jovens (a geração net) que vive imersa no mundo tecnológico e a escola não pode desconhecer isso. A escola deve assumir o seu papel de preparar para vida e incorporar esse processo.

                Na prática o que temos? Temos uma escola que se preocupa em manter seus anacronismos e a criminalizar determinadas práticas do alunado, como o uso do celular. Por vários motivos, principalmente por se manter uma concepção de educação conservadora, bancária (Paulo Freire), a escola (particular e pública) em sua maioria não sabe lidar, não entende essas mudanças e as descrimina, quando não criminaliza.

                Inúmeras são as possibilidades que essas novas tecnologias da comunicação e informação possibilitam na prática escolar, desde que, essa concepção de educação dominante que é cartesiana, conteúdista, excludente, seja ultrapassada pelos novos paradigmas educacionais que já existem. A questão não é o celular na escola, é a escola que existe não se comprometer com o novo e sim criminalizá-lo. Quando digo escola, estamos falando da instituição como um todo: diretores, professores, alunos e pais. O ambiente é tão avesso ao trabalho com novas tecnologias que em muitas escolas existe um desprezo quanto a seu uso, ou então, uma visão conservadora: a tecnologia como recurso para “melhorar” a educação expositiva – bancária.

               

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